Uma vida infinita

Francisca, era uma mulher fantástica. Era enérgica, tinha força para dar e vender. Rodrigo, o seu filho, achava a sua mãe, a melhor pessoa do mundo, tanto pela sua força e garra de encarar a vida, como a sua energia para agir em qualquer coisa que fosse. Um dia, soube que tinha de ser operada ao coração, infelizmente havia problemas com esse mesmo órgão. Não estava minimamente preocupada com os resultados dessa mesma operação, pois ela acreditava em tudo, acredita que ia recuperar com “uma perna às costas”. Francisca, foi operada… Correu tudo bem. Foi-lhe dada alta, e foi de caminho para casa. Tinha de repousar, devido à operação que foi, mas Francisca, adorava trabalhar, era muito energética. Na noite, desse dia que lhe foi dada alta, Francisca, devido a não repousar após a operação, teve um AVC de último grau, que infelizmente lhe causou uma paralisia total.
Rodrigo, o seu filho, já acreditava que a sua mãe não iria sobreviver. Decidiu ir para casa, e esperar que o hospital lhe ligasse com novidades (boas de preferência).
Chegou a casa, foi para o quarto da sua mãe… Deitou-se em cima da cama, e apenas se recordou de momentos passados. Desde a sua infância, aquelas brincadeiras de mãe e filho, aqueles passeios pela cidade, desde a sua adolescência, aquelas conversas de mais “crescidos”, entre muitos outros momentos que guarda no seu coração com muito orgulho.
Francisca, entrou em estado de coma… O problema era mesmo muito grave, e não apresentava resultados positivos.
(Passaram duas semanas)
O estado de Francisca, ao longo destas duas semanas, era crítico. Rodrigo já não estava bem, já estava a entrar numa depressão. Decidiu então, ausentar-se por uns tempos, pois precisava de ter noção do que aconteceu, e prevenir-se do que podia acontecer.
(Passaram dois meses)
Rodrigo, chegou a casa da sua mãe. Ainda não tinha resultados, ainda não tinha ido ao hospital. Passados vinte minutos, ouve a garagem a abrir… Achou estranho, e foi ver o que se passava. Francisca, estava a chegar de carro. Mal ela abriu a porta do carro, e pôs o primeiro pé no chão, Rodrigo, emocionou-se, e caiu, sem mais nem menos, de joelhos naquela relva verde cuidada pela sua mãe, em frente a ela. A alegria de ambos foi tanta, que Francisca correu para ele, abraçou-o e disse-lhe: “Estou aqui, meu amor, estou aqui.”.
Rodrigo, ao ouvir a pronúncia da sua mãe, aquela essência que predominava no corpo dela, abraçou-a mais uma vez, e disse-lhe: “Eu não estou a acreditar… Minha mãe, eu amo-a.”.

Nunca penses no fim de algo. Vive o teu dia-a-dia sem preocupações.

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